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Revolta na Líbia: A cruzada do séc. XXI

Por ÍtFrancyles
A revolta na Líbia já dura dois meses. Durante esse tempo, grupos rebeldes têm intensificado suas ações e o ditador Muammar Khadafi ainda continua no poder. O governo líbio fez declarações polêmicas, ameaçando a Itália, a Grã Bretanha e a França por anunciarem o envio de treinadores militares para auxiliarem os rebeldes contra as forças leais ao ditador. "[...] provocaremos o inferno contra a Otan. Seremos uma bola de fogo [...] Faremos coisas dez vezes piores do que o que aconteceu no Iraque" disse o porta-voz do governo Mussa Ibrahim. Pouco tempo após o anúncio, um xeque muçumano comparou a intervenção militar na Líbia às Cruzadas empreendidas na Idade Média pela Igreja Católica.
O armamento de civis leais é a mais nova medida do ditador.  “Muitas cidades organizaram brigadas para combater uma possível invasão da NATO”, afirmou o porta-voz governamental. Do outro lado, a oposição a Khadafi conquistou um território a noroeste do país, na fronteira com a Tunísia, por onde mais de 11 mil pessoas tem passado, nos últimos 10 dias, fugindo do país. 
A atuação da Otan tem sido muito criticada. As ações dessa organização têm levado alguns civis a óbito. Em Misrata, os rebeldes tem menos armas e estão totalmente cercados. A violência no local tem impedido a chegada de ajudas humanitárias. "É uma guerra urbana, e isso neutralizou a ação da Otan, que não pode bombardear as forças do Gaddafi sem atingir civis", diz Liohn, um fotógrafo brasileiro. Nem o Brasil com sua posição de neutralidade se livrou de críticas.
Na idade média, as cruzadas tinham o lema de expandir o cristianismo pelo mundo, mas não era esse o verdadeiro objetivo. Hoje, as potências mundiais estão envolvidas nesses conflitos não só por respeito à liberdade. Isso é só um slogan. Há sim outras razões implícitas.
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